Cobrado diariamente pelos colegas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), responde não ter pressa nem data para colocar em votação no plenário a decisão de instaurar ou não a CPI das Cortes Superiores, chamada de Lava Toga.
Há duas semanas, o pedido de abertura de CPI foi rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça e Alcolumbre cogitou arquivá-lo sem consultar o plenário, mas recuou.
Nos bastidores, o democrata planeja colocar o pedido em votação em dia de quórum alto, acreditando que poderá enterrar de vez a CPI por ampla maioria. Alcolumbre mantém a posição de que a comissão “não vai fazer bem para o Brasil”.
A votação é aberta, e os senadores estão tensos com esta vitrine e a cobrança da sociedade, hoje muito mais atenta. O que pode afetar bem o cenário pró-investigação.
Entusiasta da CPI, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) destaca que a eventual CPI é do Judiciário, e não só sobre o STF. Tribunais de Justiça de alguns Estados estarão na mira.
Não está claro o que a CPI investigaria sobre as Cortes Supremas e TJs. O que mais se debate entre gabinetes é devassa fiscal na vida de ministros e desembargadores, suspeitos de enriquecimento ilícito.