Principal responsável pela vitória do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), dedicou boa parte da agenda em janeiro para articular os rumos das eleições no Senado e na Câmara. O democrata recebeu dezenas de parlamentares, além de governadores e ministros com poder de influência sobre os deputados e senadores, como Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura) e Osmar Terra (Cidadania). Os quatro chefes de pastas do Governo Bolsonaro foram exonerados e participaram da votação que reelegeu o também democrata Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A vitória de Alcolumbre coroou o poder de Onyx no governo Bolsonaro. Emplacou a presidência das duas Casas no Congresso, a Agricultura, Saúde, além de chefiar a Casa Civil. O democrata tornou-se o maior desafio, ou problema, de governabilidade para o presidente.
Na véspera das eleições, dias 30 e 31 de janeiro, o ministro-chefe da Casa Civil abriu o gabinete para 16 parlamentares e líderes – entre deputados e senadores – de legendas que apoiaram a eleição de Alcolumbre e reeleição de Maia.
Suplente e do chamado “baixo-clero”, Davi Alcolumbre, que encerrou a hegemonia de 18 anos do MDB na presidência do Senado, é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (Inquérito 4677) por crimes eleitorais e uso de documentação falsa.