O indicativo do PCdoB de apoio à reeleição do democrata Rodrigo Maia (RJ) para a presidência da Câmara irritou militantes do partido Brasil afora e desgastou de vez a relação com o Partido dos Trabalhadores (PT), aliado histórico.
Além do PCdoB e PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, 11 bancadas que somam mais de 300 deputados embarcaram na campanha de Maia. Para o ex-ministro da Justiça do governo Lula, Tarso Genro (PT-RS), o apoio do PCdoB favorece Bolsonaro e “não a união democrática”.
Tarso Genro diz não ter visto “argumento consistente” na nota do também ex-ministro do governo Lula e líder do PCdoB, Orlando Silva (SP): “PCdoB erra gravemente”. No comunicado, Silva diz que o objetivo (com o apoio a Maia) dos comunistas é criar “as melhores condições possíveis para que a oposição exerça a resistência democrática”.
O PDT, partido do candidato derrotado à Presidência Ciro Gomes, também anunciou apoio a Maia. O próximo passo, projeta o democrata, é fechar com o PSB e garantir a reeleição no primeiro turno.