O futuro Governo de Jair Bolsonaro (PSL) não tem votos na Câmara Federal para aprovar a Reforma da Previdência, o foco da gestão de Paulo Guedes, o ministro da Economia. PP, PR, PRB e Solidariedade estão praticamente fora da Esplanada – somente o DEM, deste bloco, foi afagado com ministérios. O PSDB não pediu nem terá cargos, e o MDB não entrou para valer – as duas legendas serão neutras no Congresso. A oposição (PT, PSOL, PCdoB e outros) vota contra o Governo seja o que for. Quem está fora do Governo que quer evitar o “toma-lá-dá-cá” de cargos aposta que o presidente eleito terá de renegociar ministérios para obter 308 votos para aprovar qualquer Proposta de Emenda à Constituição na Casa.
O que os caciques da velha política indicam é que o presidente não vai reinventar a roda com o discurso de que não haverá votos por ministérios. Uma pena.
Conhecedor do lamaçal da Câmara, Bolsonaro não espera exemplo republicano dos partidos para salvar as contas do Governo. Sabe que terá de ceder em algo.