Em contraste com dados que apontam que metade da população brasileira continua sem acesso a sistemas de esgotamento sanitário, os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) elencaram propostas genéricas em seus programas de governo para reverter o déficit e ampliar o acesso ao saneamento básico em todo o País.
À frente nas pesquisas, Bolsonaro inclui o tema no plano de infraestrutura sem especificar quais medidas serão, de fato, implementadas. O plano petista também é vago ao classificar o saneamento como política pública essencial e pregar a gestão sustentável dos recursos hídricos.
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) apontam que apenas 50,3% dos brasileiros têm acesso à coleta de esgoto. Ou seja, mais de 100 milhões de pessoas utilizam medidas alternativas para depositar dejetos, como fossa ou jogam o esgoto diretamente em rios.
Ainda de acordo com os recentes dados do SNIS, 16,7% da população brasileira, que corresponde a 35 milhões de pessoas, ainda não contam com abastecimento de água potável.