A ofensiva do secretário-geral da Mesa do Senado, Bandeira de Mello Filho, contra a Lava Jato teve início bem antes de ele assumir vaga no Conselho Nacional do Ministério Público. Há um ano, em sabatina na CCJ, disse que promotor deve se preocupar com investigação e não com microfone – crítica velada aos procuradores Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-Jato, e Carlos Fernando Santos Lima.
Agora, a pedido de Bandeira, o corregedor nacional do Ministério Público, Orlando Moreira, determinou a apuração sobre as condutas dos promotores que apresentaram ações contra Fernando Haddad e Geraldo Alckmin – candidatos do PT e PSDB. A força-tarefa da Lava Jato reagiu. Em nota, classificou o gesto de Bandeira de Mello como uma ‘mordaça’ e ‘indevida tentativa de constranger o Ministério Público’.