As mortes da vereadora Marielle e do motorista Anderson completaram ontem 150 dias sem solução. Para piorar o clima, virou novelão político entre adversários na Assembleia do Rio. O deputado Marcelo Freixo insinuou que os deputados presos Jorge Picciani, Albertassi e Paulo Mello teriam ligação com o crime.
Sem provas, foi bola quicando para o pé de Picciani, que soltou nota extensa e forte contra o psolista: “Marcelo Freixo é um irresponsável, sem nenhum limite ético na sua ambição política. Na sua ânsia incontrolada de se promover sobre uma tragédia que abalou o país, age de maneira abusiva.
Sem nenhum indício, acusa a esmo e de má-fé qualquer opositor político seu no afã de se manter na mídia. É o verdadeiro anjo com tridente. Ele se especializou em atirar contra tudo e todos. Suas balas perdidas atingem quem não deve.
Sua atitude é tão vil que chegou a levar familiares da vereadora para darem entrevista tendo como fundo um cartaz no qual atacava o MDB .
Não é demais lembrar que foi graças ao meu apoio que a CPI das Milícias existiu — e ele sabe disso melhor do que ninguém. Todos os que me conhecem e conviveram comigo na Assembleia e na vida pública sabem que eu jamais levantei a voz contra qualquer pessoa, mesmo quando reiteradamente atacado. Todos são testemunhas de que nunca pratiquei nenhum ato de violência e sempre condenei o uso da força em qualquer situação. Todos também sabem, inclusive a oposição e o próprio Freixo, que as divergências que tive na minha vida pública sempre foram resolvidas por meio do diálogo, buscando o consenso.
A mentira dele distorce fatos corriqueiros. Não é verdadeiro me vincular à indicação do deputado Albertassi a uma vaga do TCE. Não falei com nenhum técnico do TCE que era candidato e também não buscava fórum no STJ pois eu não sabia da investigação que ocorria e que estava sob sigilo — mas, ao que parece, a julgar pelo que diz, Freixo sabia do que deveria ser sigiloso.
Por meio dos meus advogados estou tomando as medidas judiciais cabíveis contra ele.”. Vai render processo.