A Heineken corre sério risco de perder sua principal unidade fabril, em Alagoinhas (BA), após investir quase R$ 3 bilhões no País para comprar as plantas da Brasil Kirin (que adquirira da Schincariol). O script envolve denúncia de irregularidades ambientais e fiscais, e até vista grossa da Advocacia Geral da União no processo que segue no STJ. Como a Coluna antecipou, um imbróglio judicial, com decisão de lacrar o poço e o devolver ao dono de fato, deixou a cervejeira holandesa de copos virados. Um suspeito vaivém de pareceres na AGU por ora deu gás no chope (agora azedo) da holandesa. Consultadas, a AGU e a Agência Nacional de Mineração batem cabeça.
O caso deu repercussão que se discute uma CPI na Câmara Federal – onde uma executiva da Heineken circula para tentar segurar – e duas CPIs na Assembleia da Bahia.
Na Assembleia da Bahia, três comissões querem convocar executivos da cervejeira: Finanças, Orçamento e Controle; Relação de Trabalho; e Comissão de Meio Ambiente.
Estão na mira das CPIs o presidente no Brasil, Didier Debrosse, o CEO mundial, Jean François, e a vice-presidente Nelcina Topardi – é ela quem circula por Brasília.