Pré-candidato à Presidência da República líder nas pesquisas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) surpreendeu mais de 2 mil industriais num seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria em Brasília.
Com fala pausada e encampando um discurso de humildade, dizendo-se um aprendiz deles, o pré-candidato foi além e ensaiou até uma aproximação com a criticada geração LGBT – heterossexual assumido, até ontem ele sempre deu declarações polêmicas a respeito dos gays, mas deixou a entender, em brincadeira, que um dia pode se tornar um, uma clara reviravolta no seu discurso público para tentar minorar sua situação em relação à comunidade LGBT no pais.
“Nada contra quem é feliz com seu parceiro semelhante. Vá ser feliz. Quem sabe amanhã eu seja também? É problema ou solução para mim.” Declarou.
Bolsonaro reconheceu que não entende de economia e comparou-se a um técnico de futebol que não entra em campo, mas monta um bom time. Aliás, avisou que já conversa com generais e oficiais da reserva. Caso vença a eleição, terá muitos deles à frente de ministérios na Esplanada.
Consultadas pela Coluna, fontes próximas a Bolsonaro informam que ele não tem marqueteiro. Mas tem feeling e está ouvido todos os que lhe passam orientações.
A frente suprapartidária de 110 deputados que anunciou apoio a Bolsonaro é de parlamentares independentes, que vão atuar por ele a despeito da decisão das legendas.
Quem está à frente da articulação para Bolsonaro no Congresso Nacional é o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). É ele quem tem fechado apoios e sido o interlocutor.