Com Rafaela Gonçalves
O mercado ilegal que movimenta R$ 800 milhões no Brasil serve como mola precursora de outros delitos, evidenciou o Coordenador-Geral de Polícia Fazendária Andrei Augusto, explicando que o foco da PF está no enfrentamento de organizações criminosas e não nos varejos.
E não é por menos. O Brasil vem se tornando berço produtor de produtos piratas, não só importador. No ranking, itens de vestuários em termos de volume atingem R$ 35 bilhões e existem vários polos como a cidade de Nova Serrana (MG), conhecida como grande fabricante de itens falsos. Ações econômicas vem sendo tomadas pelo Diretório Nacional de Combate à Falsificação de Marcas.
Desde 2014, o país perdeu R$ 491 bilhões para o crime do contrabando, valor que poderia ser investido pelas autoridades em mais segurança, saúde e na criação de empregos, frisa o presidente do Fórum Nacional de Combate à Corrupção e do ETCO, Edson Vismona.
Os dados foram apresentados nesta quarta (20) durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação realizou hoje uma audiência pública para debater os impactos do contrabando, descaminho e a falsificação de produtos.
Vismona ressaltou que para o combate ao contrabando é preciso fortalecer os princípios de ética e legalidade:
“O momento é absolutamente oportuno, então junto ao Movimento de Defesa do Mercado Legal nós apresentamos dezesseis propostas aos pré-candidatos e autoridades para que possamos aperfeiçoar as ações coordenadas integradas. O ETCO vem apresentando esse mesmo documento sobre a questão tributária”, argumenta Vismona para a Coluna.
Outra questão pautada foi o canal aberto pelo comércio eletrônico, os Marketplace chineses são um grande problema. Apesar de não ter operações específicas, o Itamaraty estreitou as relações com o combate à ilegalidade trabalhando junto aos órgãos do Governo.