Nesta quinta-feira (24/05) o jornalismo perdeu o carioca Ramiro Alves, defensor apaixonado da cultura e de sua cidade. Flamenguista e diretor do bloco de carnaval Imprensa Que Eu Gamo, teve vasta experiência em redações. Começou sua carreira no início da década de 80, na Rádio Jornal do Brasil, teve atuação de destaque na cobertura das primeiras eleições democráticas para governador, que haviam sido interrompidas pelo golpe militar de 1964 como repórter, chefe de reportagem e editor.
Ramiro ocupou cargos de chefia e edição na Tribuna da Imprensa e na TVE, onde se destacou na coordenação da cobertura sobre a eleição dos integrantes da Assembleia Nacional Constituinte. Chegou ao jornal O Globo no ano das primeiras eleições presidenciais, foi editor de Política no Rio, chefe da sucursal de São Paulo e coordenador de Política em Brasília. Coordenou no Globo um dos trabalhos mais premiados do jornalismo brasileiro, a equipe de reportagem que resgatou verdades sobre a Guerrilha do Araguaia nos anos 1960/70.
Teve uma passagem pela Rede Bandeirantes e diversos outros veículos de comunicação, incluindo a assessoria especial do ministério da fazenda. Sua última atuação foi como sócio da Avenida Comunicação, especializada em consultoria em campanhas eleitorais e editora do site Diário do Porto, de negócios e cultura carioca. Ramiro faleceu em casa aos 59 anos, deixando uma legião de amigos e admiradores pelo jornalismo e os blocos de carnaval.
Créditos: Diário do Porto