A depender dos juízes federais, a classe é abertamente a favor da prisão imediata para condenados em segunda instância. O juiz Fernando Mendes, eleito novo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), frisa que o Supremo Tribunal Federal, ao cravar a jurisprudência em 2016, apenas restabeleceu o que vigorou por 21 anos na própria Corte: “De 1988 a 2009, o STF admitia a prisão em segunda instância”. A importância do tema não envolve apenas o sentimento de impunidade para casos de corrupção na política – e para o caso do ex-presidente Lula da Silva, preso em Curitiba. Mendes lembrou os criminosos de contrabando, tráfico de drogas e armas, que, com respaldo dos trâmites até última instância, continuam livres para operar no crime.
As declarações de Mendes foram feitas em palestra para jornalistas de 40 veículos do Brasil e 4 países do Mercosul, em Foz do Iguaçu, no seminário promovido ETCO e pelo ENECOB – Encontro Nacional de editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros.