O presidente Michel Temer está a cada dia mais disposto a ceder ao canto de seus consultores e se lançar à reeleição para o Planalto, a despeito do histórico índice de rejeição ao seu nome. Ministros do Planalto, assessores e marqueteiros tentam convencê-lo a se candidatar e apostam que ele tem chances de ir ao 2º turno.
Indicam a falta de um candidato da base e a ausência de Lula da futura disputa. Cauteloso, Temer sorri em silêncio. Sabe de seu desafio. Em 2006, quase não se elegeu deputado federal, quando obteve 99.046 votos, e entrou ajudado pelo sistema proporcional da coligação.
Há um fator que pode pesar na decisão de Temer. Ele precisa de foro privilegiado, diante da situação judicial-policial.
Os entusiastas da candidatura apostam em dois cenários: mesmo se perder, Temer mostra algum poder, e pode ser convidado para ministro, o que lhe manteria o foro.
O plano de Temer, conforme citamos, é testar dois nomes: Henrique Meirelles (PSD), da Fazenda, e Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara. Com o MDB de vice.