Os representantes do setor de tabaco, que gera milhares de empregos no Brasil e paga bilhões de reais em impostos, se sentiram desrespeitados na Índia, onde ocorreu entre 8 e 12 de novembro a 7ª Convenção – Quadro para o Controle do Tabaco (COP 7).
A maior grita foi coma a postura passiva do Itamaraty. Além de delegações de produtores de tabaco, e deputados da região Sul, até jornalistas brasileiros foram retirados das plenárias e reuniões.
A restrição incomodou muito, porque impediu diálogo com a delegação oficial sobre as resoluções do evento que podem afetar diretamente o livre comércio.
Um jornalista americano foi arrastado para fora da plenária por quatro seguranças, ao reivindicar o livre acesso com credencial. Jornalistas reclamaram que o evento sempre foi aberto e democrático.
Tovar Nunes, o embaixador do Brasil e chefe do grupo que discutiu o tratado, explicou para o grupo ter sido contrário à restrição de acesso, mas concordou com bloqueio em reuniões específicas.
Segundo Tovar, a proibição da participação do público e de jornalistas “foi tomada sem o devido debate”, disse a interlocutores. Delegações de vários países criticam a situação.