A reunião dos servidores manifestantes com o novo ministro da Transparência, Torquato Jardim, durou apenas cinco minutos ontem à tarde quando ele chegou ao gabinete. Presentearam-lhe com a camisa do movimento. O ministro ouviu as demandas e disse que só se pronuncia após conversar com os chefes das regionais da antiga CGU.
Os chefes das 26 seccionais ameaçaram demissão em bloco se Fabiano Silveira ficasse no cargo. Aliás, Fabiano ganhou o apelido de ‘Falamansa’. Fez discurso para plateia quando assumiu prometendo várias vantagens que a carreira não conseguiu em mais de uma década – sobre, por exemplo, equiparação com salário de técnicos da Receita Federal.
Em tempo, o papo de que a CGU foi extinta é balela. As atribuições foram para a nova pasta. Todos os 2 mil servidores continuam nas mesmas funções e missões. O medo da turma – o que é plausível – é o ministério, até hoje com perfil técnico, virar outra pasta de apadrinhamentos partidários.