A equipe do presidente Temer está com dificuldade para encontrar um executivo que aceite ser presidente da Petrobras.
Até ontem à noite, alguns nomes do mercado recusaram. O salário é ‘baixo’ – em relação ao que um executivo ganha na praça para a função numa empresa privada – e a dor de cabeça é imensa e diária.
Além disso, o que mais pesa é a informação de que o futuro presidente pode virar alvo da Justiça americana, pelas tramoias da gestão passada na mira de processos de indenização dos minoritários. E não só deles.
Só o sheik de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, perdeu US$ 1 bilhão dos US$ 7 bilhões que seu fundo de investidores árabes investiu em ações da estatal na última grande capitalização da Petrobras nas Bolsas de Valores. Ele entrou com processo em Nova York, revelou a Coluna em novembro passado.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, teria sido sondado para o comando da petroleira, mas recusou. Ele quase foi ministro da Fazenda de Dilma. Preferiu ficar no banco porque há informação de bastidores de que vai assumir em breve a presidência do conselho do grupo.