Se ninguém demovê-la da ideia até a próxima quinta-feira, Dilma Rousseff vai dar trabalho demasiado à segurança presidencial no dia 12.
No apagar das luzes do Governo, Dilma – a Cristal, apelido usado pela segurança presidencial para identificá-la – retomou o perfil de ‘mandona’.
Não deu ouvidos aos auxiliares que queriam convencê-la a evitar descer a rampa do Palácio do Planalto na quinta, após ser notificada do processo de impeachment. Ríspida, avisou que quem quiser que a acompanhe na derradeira caminhada para o olho da rua – literalmente.
A equipe de segurança da Presidência não aguenta mais a chefe. Com seu ar arrogante, Dilma ganhou o velado apelido de Cristal Bruto.
Os agentes e oficiais militares estão menos tensos. Dizem entre portas que o futuro chefe, Michel Temer, é obediente aos roteiros e protocolos.
Dilma espera claque, daí sua decisão de descer à rua. Movimentos sociais bancados pelo Governo esperam reunir 4 mil mulheres para acompanhar o adeus – provavelmente definitivo – da companheira.