Cinco ministros do PMDB na Esplanada se reuniram com o presidente do Senado, Renan Calheiros, na tarde da última quarta-feira, na tentativa de criar força-tarefa para convencer o presidente da legenda, Michel Temer, a adiar a decisão de desembarcar do Governo.
Temer adiou, mas sua viagem a Portugal, e ficou no Brasil para resolver o pepino.
A ala governista do partido tem uma conta que não bate com a que o vice-presidente da República espalha para endossar a debandada.
Temer se diz pressionado pela maioria dos diretórios. Mas até ontem à noite, 15 das 27 executivas estaduais – portanto, a maioria – não tinha fechado a saída com o vice, segundo um cacique consultado pela Coluna.
De qualquer forma, a indicação do desembarque do PMDB fluminense do Governo é a mais séria e latente mostra até aqui de que o partido vai deixar Dilma e Lula sozinhos.
O PMDB do Rio é o mais importante hoje no contexto nacional. É de lá o já opositor Eduardo Cunha, presidente da Câmara, o líder do PMDB, Leonardo Picciani, e os três caciques locais com ascendência nacional na executiva – o prefeito Eduardo Paes, o governador Luiz Fernando Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral.